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Beatriz Paiva

(...) Mamãe da Luna *-*



A DESCOBERTA:

 Quando cheguei em casa mal consegui olhar nos olhos dos meus pais, estava muito sem graça. Por mais que ninguém soubesse de nada, eu os sentia olhando pra mim com ar de reprovação, como se falassem: "Eu sei o que você fez". Tudo coisa da minha cabeça. Tentei agir o mais normal possível, para que não suspeitassem de nada. Até que foi fácil. Os dias foram passando e eu, feliz da vida, achei que tudo já estava bem e agora ninguém iria descobrir mais nada. O tempo ruim já tinha passado. Isso só na minha cabecinha infantil. As coisas só estavam piorando pro meu lado. Comecei a ficar irritada com tudo e todos, e não queria sair de casa para fazer nada. O que achei muito estranho, já que não estava triste. Achei bom não contar nada a minha mãe para não deixa-la preocupada. Só que o tempo ia passando e nada de eu melhorar. Comecei a sentir enjoo e vomitava a toda hora. Até desmaiei algumas vezes na escola, durante a educação física. Na minha concepção eu estava com algum tipo de doença, pois nunca tinha me sentido tão mal daquele jeito. Recebi um convite para um festa na piscina, em que seria comemorado o aniversario de uma colega de sala, no inicio de março. Conversando com Maria Helena (minha amiga), disse que iriamos sim, mas eu não poderia entrar na piscina, já que estaria menstruada. No dia da festa, fiquei sentada em uma mesinha enquanto olhava todos os convidados se divertindo na piscina; esperando minha "amiguinha" de todo mês vir. O que não aconteceu. Corri e peguei um bikini emprestado com a dona da festa e pude aproveitar o dia. Depois disso nada de mais aconteceu, além dos enjoo e tontura. Já estávamos  no final de Março e nada da minha menstruação vim. Comecei a ficar desesperada, achando que eu podia estar gravida. Me senti muito sozinha, não podia contar a ninguém sobre minha suspeita. Peguei o restinho do dinheiro que me restava e fui até a farmácia mais distante que tinha e comprei dois testes de gravides. Aproveitando que estava sozinha em casa, fui logo até o banheiro e fiz o teste. Após esperar intermináveis minutos, fui ver o resultado. "Positivo". Não acreditei que aquilo estava acontecendo comigo. Fiz o segundo teste na tentativa de ter dado algum erro e novamente deu positivo. Na minha mente começou a se passar inúmeras coisas e o medo me consumiu. Fui até a cozinha pegar um pouco de água para tentar me acalmar e vi em cima da geladeira o remédio de stress do meu pai. Pequei-o na mão e a minha mente me dizia que eu devia  tomar aquilo tudo, mas no meu coração uma vozinha dizia "mamãe não me mata, não me mata". Larguei aquele remédio no chão mesmo e sai de casa sem rumo. Depois de andar muito, sentei em um praça e só sabia chorar. Não sabia o que seria de mim, nem desse bebe que eu estava esperando. Qual seria a reação dos meus pais? Com certeza iriam me expulsar de casa. Como eu ia contar pra um cara que vi uma vez na vida, que estava esperando um filho dele? Fiquei pensando nessas coisas e depois não me lembro de mais nada. Desmaiei. Acordei deitada no chão com "um bando" de pessoas em volta de mim. Levantei um pouco tonta e voltei para casa o mais devagar que pude. No caminho, fiquei mais calma. Decidi que iria ter esse filho de qualquer forma,não importa o que fosse acontecer, nunca o deixaria sozinho. Já que tinha sido irresponsável a ponto de ter feito o que fiz, tinha que, pelo menos, ser responsável para aceitar e criar o meu filho, mesmo que sozinha.  Quando cheguei em casa mal consegui olhar nos olhos dos meus pais, estava muito sem graça. Por mais que ninguém soubesse de nada, eu os sentia olhando pra mim com ar de reprovação, como se falassem: "Eu sei o que você fez". Tudo coisa da minha cabeça. Tentei agir o mais normal possível, para que não suspeitassem de nada. Até que foi fácil. Os dias foram passando e eu, feliz da vida, achei que tudo já estava bem e agora ninguém iria descobrir mais nada. O tempo ruim já tinha passado. Isso só na minha cabecinha infantil. As coisas só estavam piorando pro meu lado. Comecei a ficar irritada com tudo e todos, e não queria sair de casa para fazer nada. O que achei muito estranho, já que não estava triste. Achei bom não contar nada a minha mãe para não deixa-la preocupada. Só que o tempo ia passando e nada de eu melhorar. Comecei a sentir enjoo e vomitava a toda hora. Até desmaiei algumas vezes na escola, durante a educação física. Na minha concepção eu estava com algum tipo de doença, pois nunca tinha me sentido tão mal daquele jeito. Recebi um convite para um festa na piscina, em que seria comemorado o aniversario de uma colega de sala, no inicio de março. Conversando com Maria Helena (minha amiga), disse que iriamos sim, mas eu não poderia entrar na piscina, já que estaria menstruada. No dia da festa, fiquei sentada em uma mesinha enquanto olhava todos os convidados se divertindo na piscina; esperando minha "amiguinha" de todo mês vir. O que não aconteceu. Corri e peguei um bikini emprestado com a dona da festa e pude aproveitar o dia. Depois disso nada de mais aconteceu, além dos enjoo e tontura. Já estávamos  no final de Março e nada da minha menstruação vim. Comecei a ficar desesperada, achando que eu podia estar gravida. Me senti muito sozinha, não podia contar a ninguém sobre minha suspeita. Peguei o restinho do dinheiro que me restava e fui até a farmácia mais distante que tinha e comprei dois testes de gravides. Aproveitando que estava sozinha em casa, fui logo até o banheiro e fiz o teste. Após esperar intermináveis minutos, fui ver o resultado. "Positivo". Não acreditei que aquilo estava acontecendo comigo. Fiz o segundo teste na tentativa de ter dado algum erro e novamente deu positivo. Na minha mente começou a se passar inúmeras coisas e o medo me consumiu. Fui até a cozinha pegar um pouco de água para tentar me acalmar e vi em cima da geladeira o remédio de stress do meu pai. Pequei-o na mão e a minha mente me dizia que eu devia  tomar aquilo tudo, mas no meu coração uma vozinha dizia "mamãe não me mata, não me mata". Larguei aquele remédio no chão mesmo e sai de casa sem rumo. Depois de andar muito, sentei em um praça e só sabia chorar. Não sabia o que seria de mim, nem desse bebe que eu estava esperando. Qual seria a reação dos meus pais? Com certeza iriam me expulsar de casa. Como eu ia contar pra um cara que vi uma vez na vida, que estava esperando um filho dele? Fiquei pensando nessas coisas e depois não me lembro de mais nada. Desmaiei. Acordei deitada no chão com "um bando" de pessoas em volta de mim. Levantei um pouco tonta e voltei para casa o mais devagar que pude. No caminho, fiquei mais calma. Decidi que iria ter esse filho de qualquer forma,não importa o que fosse acontecer, nunca o deixaria sozinho. Já que tinha sido irresponsável a ponto de ter feito o que fiz, tinha que, pelo menos, ser responsável para aceitar e criar o meu filho, mesmo que sozinha. Miha mãe me apoiou desde o inicio, mas meu pai ficou sem falar comigo um bom tempo; depois aceitou também. Hoje minha vida é completa, tudo o que eu passei falei a pena, não me arrependo de nada!





RELATO DO PARTO:

Fui no médio dia 4 de novembro de 2012 pra saber se estava tudo bem, aproveitei a consulta pra marcar o parto da Luna, que seria no dia 22 de novembro. Comecei a lavar as roupinhas, arrumar o berço, deixar tudo pronto e dobradinho pra só enfiar na bolsa. Eu estava feliz de vida e muito ansiosa pra chegada da minha princesinha.
   Mais ou menos dia 10 eu comecei a sentir algumas dores, mas nada muito forte e foi assim até o dia 11. Dia 12 acordei me sentindo horrível, como nunca tinha ficado durante a gravides toda, comentei com a minha mãe e ela achou estranho. Será que já eram as contrações? Pensava eu com medo da minha filha nascer antes do tempo. Fiquei deitada praticamente o dia todo com uma bolsa de água na barriga e sem conseguir comer nada. A noite minha mãe me disse que se eu não acorda-se melhor iriamos ao médico o mais rápido possível. Nem dormir eu consegui, as dores eram muito fortes, iam aumentando cada vez mais e os intervalos cada vez menores. 1 hora da manha gritei minha mãe, e me levaram para o hospital. Meu médico não estava de plantão naquele dia. Me colocaram na maca e deram um remédio que aliviou minha do. Um médico me examinou,confirmou que eram contrações e fez o exame de colo (pra ver minha dilatação), foi horrível ter uma pessoa que você não conhece vendo suas coisas e colocando o dedo lá..Eu teria meu bebe naquele dia. Minha mãe foi em casa pegar minhas coisas e da Luna, e ligaram para o meu medico, que mandou irem fazendo os procedimentos que ele chegaria a tempo. Esperaram um pouco para que dilata-se mais para meu sofrimento . Me levaram para sala de pré parto e já iriam me anestesiar, comecei a ficar muito nervosa e minha pressão subiu. Me deram um tranquilizante e em 20 minutos ja estava melhor. Quando minhas pernas ficaram dormentes e percebi que não sentiria nada, relaxei um pouco. Enquanto esperavam a anestesia fazer efeito, o médico chegou, pra minha felicidade. Minha mãe assistiria o parto. Enquanto eles me cortavam fiquei prestando atenção em tudo que falavam pra ver se tinha alguma coisa errada. E quando eu menos esperava, ouvi aquele chorinho, o chorinho mais lindo da minha vida, parecia uma gatinha miando, a gatinha da mamãe. Colocaram ela em cima de mim toda melequenta e suja de sangue, nem me importei, beijei, beijei, beijei, cheirei, sorri e chorei. Foi o momento mais lindo da minha vida. Ela era linda, perfeita. E seria minha pra sempre, só minha. Tiraram ela do meu colo, pra limpar ela e tals, e costurar minha barriga. Depois de ir pro quarto, praticamente sendo carregada, me levaram ela rapidinho.Ela segurou no meu dedo e em pouco tempo começou a chorar. Minha mãe e a enfermeira me ajudaram a dar mama pra ela. Foi uma sensação esquisita, mas muito gostosa ao mesmo tempo. No inicio difícil, mas já na terceira mamada conseguia dar o peito pra ela sozinha.Depois ela dormiu e eu aproveitei pra dormir também. E ali começava a minha vida (...)




(...) E aqui está o Blog dela :


2 comentários:

  1. Adorei o blog, a ideia do blog e tal.
    Ontem eu conheci o blog da Bia, uma fofa né?

    Gostaria de te convidar a conhecer meu blog, recem criado e com muito amor: www.mamaeaos20epoucos.blogspot.com.br

    Estou te seguindo e já te add à minha lista de blogs.
    Beijos!

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  2. Olá Carolina, Obrigada pelos elogios, vou visitar seu blog pode deixar :)

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