Páginas

Ana Raquel


                                 (...) Mamãe da Luna Eduarda  *-*


  

Sua Historia:

Foi mais ou menos em Outubro de 2011, o Marcos Paulo tinha acabado de terminar o namoro de 5 meses comigo porquê eu sentia muito ciúme etc, mas como a gente ainda se gostava muito, continuamos ficando (...) Sempre estranhamos o fato de que nós mantínhamos relações sexuais sem proteção e mesmo assim eu nunca havia engravidado antes, a gente se gostava muito e morávamos juntos, então decidimos tentar engravidar, o que não foi muito inteligente na época porque eu não trabalhava, só ele, e nós nem tínhamos terminado o ens. médio ainda! Mas os dias foram passando e eu estranhei não sentir cólica nenhuma e nem TPM e nem nenhum sinal da minha menstruação, então falei com meu namorado sobre isso. E então chega o natal! 24 de dezembro e a minha menstruação ainda não tinha vindo, fui fazer compras com a minha irmã e contei pra ela que estava atrasada, ela ficou meio boba com a ideia de um sobrinho ou sobrinha, mas eu estava tremendo por dentro. Na festa de natal, Marcos Paulo já estava bem ciente da minha gravidez, e estava até meio Feliz (...Depois do natal, eu e Marcos Paulo continuamos ficando normalmente, mas sem falar muito na gravidez, ou melhor: sem falar NADA sobre a gravidez! A cada dia que passava e eu imaginava como seria ter aquele filho, me dava um medo, mas sei lá, o amor de mãe já estava crescendo dentro no meu coração, e eu nem sabia (...) Dia 31 de Dezembro, eu tinha dormido na casa dele, ao acordar, ele me diz que vai sair e pergunta se eu gostaria de ir junto, mas eu recusei! Fui pra casa. Lembro de estar na parada de ônibus e pedir pra ele não me deixar, pra ele não me abandonar e não fugir, ele não disse nada, apenas me abraçou e beijou minha testa, eu estava insegura como se já soubesse o que iria acontecer comigo naqueles dias próximos, quando meu ônibus chegou, nos despedimos e eu fui pra minha casa. Na época, eu morava com a minha avó, e todos já estavam fazendo planos sobre pra onde ir, o que fazer etc, mas eu só conseguia pensar no Marcos Paulo e no medo que eu tinha de perde-lo, então decidi ficar em casa mesmo, tentei ligar pra ele várias vezes do celular da minha avó, mas ele não atendia e eu comecei a me desesperar. Quando chegou a noite, todos saíram me chamaram muitas vezes e etc mas eu dei a 'desculpa' de não ter o que usar e fiquei em casa, morrendo de medo e com a esperança de receber a ligação dele me chamando pra sair. Mais tarde, entrei na rede social que ele participa e li o que ele havia escrito, chorei muito ao ver que ele havia postado coisas pra uma outra menina e aquilo me doeu muito, chorei a noite toda até que finalmente peguei no sono. 
Os dias seguiram e ele sempre me ignorava, as ligações que eu fazia, ele rejeitava, e quando atendia sempre dizia estar ocupado ou simplesmente bloqueava todos os números que eu pudesse tentar ligar pra ele e etc, aquilo foi me matando aos pouquinhos e eu senti uma dor enorme dentro de mim... Eu estava perdendo o menino que tanto amava (...Com o passar dos dias, as poucas, raras e rápidas vezes que nos falávamos se tornaram inexistentes, eu realmente perdi o contato com ele já que ele me evitava de todas as formas, apesar de estar sofrendo muito com tudo, eu decidi seguir com a minha vida, pedi a Deus várias vezes, que se fosse pra eu ficar sem ele, que Ele tirasse todo aquele amor do meu coração, que Ele pudesse me ajudar a esquecer o Marcos Paulo de uma vez por todas! Mas os dias se passaram e eu continuei a sofrer por ele, sofrer com aquela dor, com a perda, e aquilo me fez ver que eu não pudia ficar parada vendo ele se afastar de mim, decidi ligar pra ele de um outro número um que ele não conhecesse e eu pudesse falar com ele de uma vez por todas, então liguei e não foi a melhor das ligações nós brigamos muito feio e ele disse coisas bem ruins sobre nós dois, disse que tudo entre nós havia acabado, essas coisas, tudo mudou quando eu disse que eu estava grávida, ele já sabia, mas acho que não havia acreditado ou levado a sério porquê pareceu ser um choque pra ele, ele parou imediatamente de gritar e ficou calado, eu já estava chorando horrores então fiquei calada também, só esperando a reação dele, quando ele finalmente falou alguma coisa, ele disse que era responsabilidade minha, que eu estava estragando a minha vida, por alimentar essa vontade de ter esse bebê e tudo mais, foi quando ele disse que eu tinha que tirar, que abortar, que matar meu filho! Eu chorei bastante, mas eu aceitei, porquê eu não queria que ele fosse embora da minha vida de novo, mas eu não queria ficar sem meu filho, então eu fiquei desesperada. A partir desse dia, nós dois voltamos a nos falar bem devagar e aos poucos, eu já estava bem satisfeita embora nossas conversas ainda fossem todas sobre remédios que eu poderia tomar pra tirar o nosso filho, na minha cabeça já era um começo, mas enfim (...) Minha barriga já estava começando a aparecer, embora ela ainda fosse bem pequenina, e só eu notasse a diferença, me pegava acariciando, falando, conversando com aquele serzinho que crescia dentro de mim! Eu nem sabia, mas eu já o amava, ainda acreditava na possibilidade de o Marcos Paulo mudar de ideia, acreditava que nós ainda pudéssemos ser uma Família e tudo mais! Apenas sonhos (...Nós nos encontrávamos regularmente e acabamos voltando a namorar. Um certo dia, ele me acordou com uma ligação, ele estava no centro da cidade com um amigo andando de farmácia em farmácia perguntando sobre remédios fortes que pudessem fazer o aborto, ele estava bem exaltado e começou a gritar, perguntando se eu sabia de algum nome de remédio, e ficava jogando na minha cara que aquilo tudo era culpa minha, que era eu quem deveria estar lá "dando um jeito". Ele comprou o remédio e me chamou na casa dele, pra explicar como se tomava o remédio. Acabei dormindo na casa dele, e fiquei lá por uns 3 ou 4 dias. Combinamos que quando eu voltasse em casa, eu tomaria o remédio e fingiria passar mal e estar com uma hemorragia.
Estava completamente desesperada e só conseguia chorar e chorar o tempo todo ao ver aquela minha barriguinha e imaginar um serzinho lá dentro que precisa de mim e eu sem saber o que fazer. Foi a situação mais assustadora que uma menina de 17 anos poderia passar. Aquilo era demais pra mim. Já havia pensado em me matar diversas vezes, mas não encontrei coragem pra tentar. Graças a Deus (...Em uma noite dessas, de choro e tudo mais, tive a maior decisão da minha vida! Eu iria contar pra minha mãe sobre o que estava acontecendo. Me lembrei que pouco mais uma semana, meu pai havia sonhado que eu estava grávida, aquilo meio que me impulsionou a fazer o que eu estava prestes a fazer. Peguei o celular e disquei o número: caixa postal. Mandei mensagens de texto para outro celular que costumava ficar na casa dela (ela estava no trabalho) pedindo pra ela entrar em contato comigo assim que chegasse em casa. Não demorou muito e o celular tocou. Atendi e começamos a conversar sobre assuntos diversos, como sempre fazíamos normalmente. Quando a conversa terminou e ficamos sem assunto, eu já sabia que havia chegado a hora de contar pra ela. Meu coração estava acelerado no máximo e eu gaguejei: "ma-mãe? e-e-eu tô gra-grávida". O silêncio dominou a nossa linha telefônica. Eu já estava preparando meu velório quando perguntei pra ela se ainda estava tudo bem. E ela perguntou se eu queria matá-la com a voz meio chorosa. Eu continuei calada esperando a bronca que provavelmente eu iria escutar por mais algumas horas. 
Pra minha surpresa total, a minha mãe, que cá entre nós, também engravidou aos 17 e sempre me aconselhou sobre isso, ficou completamente feliz! Disse que não acreditava naquilo, e me chamou pra voltar pra casa dela, porquê ela queria o neto lá com ela e não na casa dos outros! Ficamos mais alguns minutos conversando sobre isso, sobre médico, sobre minha barriga... Opa! Minha barriga! Ela estava louca pra me ver! kkkk Então marcamos um encontro e eu fui dormir com o maior sorriso do mundo em meu rosto, um alívio que não dá pra explicar. A gravidez poderia até ser difícil, mas ter alguém me apoiando não tinha preço.No dia seguinte, me arrumei e fui á casa da minha mãe, fazer a tal visita. -"Minha filha, eu te mato! Eu vou ser avó!!!"
Pois bem, eu voltei pra casa e não pude me conter! Corri pro meu notebook e fui direto pro Facebook contar pra algumas amigas! Ouvi muuuuuitas coisas ruins, muita gente me colocou pra baixo, mas também houveram muitas pessoas que me deixaram extremamente feliz, me falando palavras positivas e etc. Bom, fui contar pra alguns amigos do Marcos Paulo, que se tornaram meus amigos depois de algum tempo de namoro. Todos eles foram muito atenciosos e me ajudaram muito, me deram muito apoio! Isso foi muito bom pra mim, porquê apesar de ter o apoio da minha mãe e do meu pai, eu ainda sentia muita falta do Marcos Paulo, g
ostaria que ele estivesse ali comigo, curtindo tudo e sendo presente. Mas ele não estava ali  e a cada segundo que se passava, eu acreditava que ele nunca mais voltaria pra mim, que ele nunca seria meu marido, e que todos os planos que eu tinha com ele, não iriam se realizar! Ainda mais depois que eu fiquei sabendo que ele estava namorando outra menina, e que estava feliz com ela. Fiquei arrasada, e acabei desabafando nos meus amigos (que também são amigos dele) e falando sobre o que eu estava sentindo, que achava que ele não iria assumir e eu iria acabar sozinha com uma criança sem pai. Até que um dia ele me liga e começa a me brigar por estar contando pra todo mundo, e por estar falando que ele não iria me assumir. Ele me disse que iria assumir o bebê, mas que não seria muito presente, que iria apenas estar em festas de aniversário, natal e essas coisas. Eu fiquei chocada e comecei a gritar. Disse que meu filho não precisava de um pai a distância, que eu queria um pai ali presente! Mas não adiantou ficar ali batendo cabeça e discutindo (...) Decidi que minha vida pessoal poderia esperar, que o mais importante agora era eu me dedicar total e completamente ao meu bebê, depois que decidi levar minha vida adiante, foi tudo mais calmo (...) Agendei uma consulta com a obstetra e fui. Chegando lá, ela me pesou e passou alguns exames entre eles uma ultrassonografia. Eu estava super nervosa, nem sabia o que pensar. estava com tanto medo de ter acontecido alguma coisa com o meu bebê por causa daquele remédio estúpido que eu tinha tomado! Queria me esmurrar, me bater, me socar! Eu nunca me perdoaria se eu tivesse feito algum mal à aquela criança. Passei um bom tempo orando e pedindo perdão pra Deus! Só sabia pedir desculpas e implorar pra que meu filho fosse saudável. 
No dia da minha ultrassonografia, foi o dia mais tenso que já passei de todos até agora! A sala de espera era fria e havia muitas mulheres ali  Muitas delas me olhavam torto, fazendo caras de reprovação. Como se eu tivesse cometido algum crime, ou coisa assim! Eu gostaria muito de ir embora, de simplesmente sumir dali  Daquele mundo onde todos me tratavam com preconceito em pleno século 21. Eu estava me sentindo sozinha. Vendo todas aquelas mulheres com seus maridos e filhos mais velhos, todos muito ansiosos, enquanto eu só estava nervosa. Só isso. Eu esperei por mais alguns minutos até que ouvi a voz de uma mulher chamar meu nome. Meu coração acelerou a mil por hora e eu entrei. A sala da médica, era escura e muito gelada. Ela perguntou minha idade. Ela mandou eu tirar a calça jeans e me deitar sobre uma cama, em seguida passou um gelzinho super ultra mega gelado na minha barriga que me fez tremer ainda mais! Em questão de milésimos de segundos eu vi (...) eu me apaixonei (...Comecei a entender a coluna, a cabeça, os bracinhos, as perninhas, as mãos e pés (...) Eu já estava a ponto de chorar! E enquanto a médica falava sem parar me explicando tudo, eu só conseguia pensar naquele bebezinho ali dentro de mim. E quando eu achava que não poderia ficar melhor (...Ouço aquela barulheira toda, parecida com cavalos cavalgando. E a médica me diz: escuta isso e guarda bem na memória, esse é o coraçãozinho do seu bebê. batendo a todo vapor!
Foi então que ela me disse que era uma menina. Eu fiquei parada lá. Aquele tempo todo eu acreditei que era um menino! Fiquei chocada, mas aquilo pouco me importou. Eu estava imensamente feliz. Só queria saber de ficar ali olhando minha filha se mexer. E a médica me falou que eu estava grávida de 16 semanas. Entrando no quarto mês de gestação. Peguei minhas coisas, e saí com um sorriso enorme e eu até pude sentir meu rosto brilhar de tanta satisfação.peguei meu celular e mandei uma mensagem de texto pro Marcos Paulo dizendo que ele seria o pai de uma menininha. Ele pareceu tão surpreso quanto eu. Me bombardeou com perguntas. Nós dois estávamos imersos em felicidade e mal podíamos nos conter. Começamos a sonhar e fazer planos. Ela seria bailaria e Karateca, puxaria os olhos dele, minha boca, seria branquinha blá-blá-blá. .Fiquei feliz ao ver que apesar de bancar o durão, ele estava feliz com a filhinha dele. Tão feliz quanto eu, inclusive. Contei pros amigos mais íntimos e fui pra minha casa. Como minha avó tinha feito uma viagem de aniversário e eu estava em casa absolutamente sozinha e sem ter o que fazer, fui passar um tempo na casa da mamãe. Até pra me adaptar quando eu fosse voltar pra lá novamente. No dia em que minha avó voltou, minha mãe e minha irmã mais nova (16 anos) foram almoçar na casa dela, eu não quis ir (por motivos óbvios), fiquei em casa com meu pai. Poucos minutos depois, minha irmã me liga e diz sussurrando: "Raquel? Acho melhor você vir aqui na vovó AGORA!!". Por trás da voz dela, pude ouvir a discussão. Puta merda, descobriram! Desliguei o telefone e me desesperei, claro! Passei a mão na barriga e disse que apesar de tudo, eu não iria desistir. 
Entrei devagar, morrendo de medo. Quando entrei na cozinha, Minha avó, meu avô, minha tia e meu tio. Todos olharam pra mim calados. Todos queriam uma resposta. Todos queriam me matar! Todos me julgando, me culpando, metendo o dedo no meu rosto e dizendo coisas como "eu te avisei" ou "você é uma vergonha" etc. Engoli todas aquelas palavras a seco, era muito dolorido ver que só minha mãe estava do meu lado. Foi triste de verdade. Inclusive, eu adoraria esquecer aquela cena, aquelas palavras e tudo que se passou naqueles minutos naquela casa. Fiquei ali  de pé, escutando um jogar a culpa pra cima do outro. Quando não pude mais aguentar, comecei a chorar e gritei pra se calarem, que a culpa não era de ninguém além de minha. Enxuguei as lágrimas e saí daquela casa. Estava enojada de ter o mesmo sangue daquelas pessoas, v
oltei pra casa da minha mãe e fui me distrair com alguma coisa, qualquer coisa. Pouco tempo depois, minha mãe e minha irmã voltaram da reunião de horrores e não proferiram uma só palavra. Respeitaram meu momento e me deixaram a sós com minha filha e pensamentos. Passado todo aquele "bafafá" na casa da minha avó, pouco a pouco todo da minha família ficaram sabendo da minha gravidez. Claro, muitos (quase todos) não falaram nada sobre isso diretamente pra mim. Apenas alguns primos que tenho na minha rede social vieram dar os parabéns e me dar os mimos merecidos haha *-* O mais fofo de todos foi um dos meus tio, que mora no Acre. Ligou pra cá pra Manaus e pediu que cuidassem de mim, porquê eu iria precisar de carinho e atenção. Achei muito lindo da parte dele fazer isso, uma vez que a filha dele, minha prima Rebeca, também foi mãe adolescente. Ele sabia exatamente pelo que eu estava passando naquele momento de descobertas.
Mais dias se passaram e teve uma festinha de aniversário, Essa iria ser a primeira aparição em público com a minha barriguinha discretinha de 4 meses. Foi meio difícil encontrar alguma roupa que me servisse bem, mas enfim... Chegando lá, fui paparicada por todos os lados. Todos tocando na minha barriga, perguntando o sexo, o nome, quantos meses e tudo mais! Achei o máximo! Eu estava começando a ver o lado positivo de estar grávida. Você realmente recebe muita atenção kkkkk. E foi nessa festinha que minha avó voltou a falar comigo. Também foi nessa festinha que eu senti o gosto amargo de estar grávida solteira. Foi quando perguntaram pelo Marcos Paulo... Bom, o que eu poderia dizer? "Ah! ele me largou e está com uma outra menina!". Muito maravilhoso pra minha cara ¬¬. Senti muita vergonha de estar ali sozinha sem ele. Então algumas mulheres da família se reuniram pra conversar sobre isso e me dizer palavras de apoio. Foi bem legal algumas coisas que eu ouvi  principalmente da minha tia Cassandra que me disse que o que é pra ser, vai ser independente do que aconteça. Aquilo ficou na minha cabeça por um bom tempo. Eu cuidaria da minha filha e que com ou sem ele, eu seria muito muito muito Feliz. Eu e a minha pimpolhinha.
No começo, foi meio difícil excluir o Marcos Paulo da minha vida. Tudo me lembrava ele e eu sentia muita falta de tê-lo pra conversar, pra bagunçar e rir e tudo mais. Em pouco tempo, eu havia me tornado dependente dele. Eu me afastei de amigos, eu não tinha mais ninguém a não ser ele. Eu adorava mandar mensagens de texto pra ele, e ter em quem pensar, sabe? É bom amar alguém (...Algum tempo depois, ele voltou a frequentar a minha casa. Me trouxe um ovo da páscoa enoooorme e ainda comprou presentes pra Duda! Figou muito amigo do meu pai. E as coisas evoluíram tanto, que ele trocava os finais de semana em festas e afins pra ficar cuidando de mim! Foi a grande virada. E sinceramente, eu fiquei muito muito feliz (...) Mais dias se passaram, eu e Marcos Paulo fomos nos conquistando cada dia mais de maneiras diferentes. Estávamos nos descobrindo como adultos. Cada um renunciando coisas pra fazer o outro feliz. Ele se mostrou um menino muito maduro com o passar do tempo. Começou a me ajudar com a Duda. A satisfazer meus desejos, seja ele qual for. Ficou um grande amigo do meu pai, a ponto se ser chamado de filho. Conquistou o amor de todos da minha família. Então teve um dia em que o meu Pai comprou areia pra terminar a obra da casa. Então ele me chamou, pediu água, refrigerante, beijo, me pediu pra varrer e depois de me explorar (rs) ele olhou pra mim e disse: Paizão? (esse paizão é o MEU pai, que fique claro. u.u kkk) E meu pai olhou pra ele e perguntou o que foi. E então ele me fez o pedido de namoro *-* Uma música linda tocou, eu corri pros seus braços, nos abraçamos e beijamos. Ele me segurou no ar e fogos de artifício voaram no céu.
Tá, essa parte final não é verdade kkkkk mas bem que poderia ter acontecido, né? (Fica a dica, produtores de Hollywood, quando transformarem minha história em um filme!!)
Nós começamos a namorar, e tudo fluía perfeitamente. Com romantismo, carinho e tudo que uma menina de 17 anos grávida tem direito!
Numa noite, meu pai imaginou que as duas famílias pudessem se juntar pra conversar, numa boa. E foi isso que fizemos. Marcamos uma noite, e fomos na casa da mãe do Marcos. Graças a Deus meus pais se deram muito bem com minha sogra e meus cunhados. Foi uma noite agradável com risadas e histórias. Depois daquela noite, as coisas só evoluíram  Marcos Paulo que era um menino mulherengo e irresponsável, me deu uma aliança de compromisso. E me disse que agora era pra valer. Eu, claro, rendida aos meus 6 meses de gravidez, pus-me a chorar no exato momento. Eu havia sonhado com aquele momento há muito tempo. E finalmente minha tão sonhada família feliz estava nascendo. 
Então os dias se transformaram em semanas e hoje eu estou aqui. Passei por algumas coisas na minha vida, muitos outros dramas vividos muito antes de engravidar. Me sinto uma vitoriosa por chegar aqui "sem sequelas". Hoje posso dizer com todas as letras que sou feliz, e que apesar das dificuldades eu não desisti  Embora muitas pessoas já tenham me dito que eu iria fracassar, eu não fracassei. Pelo menos até agora. Tenho comigo uma menina completamente saudável, que me conquista todos os dias de maneiras diferentes, que me dá forças pra continuar (...) Estou bem com todas as pessoas da minha família, inclusive meus avós. Eu e meus pais estamos cada vez mais unidos, e eles com certeza, são os avós mais babões do universo! Eu e Marcos Paulo estávamos muito bem, felizes e nos amando cada dia mais, em nossos quase 12 meses de namoro. Ele curtiu minha gravidez tanto quanto eu, me encheu de mimos e tudo mais. Até que no dia 07 de junho de 2012 nós terminamos e ele começou a namorar com outra menina. Tudo veio como um furacão, me confundiu bastante e me fez sofrer demais. Continuo amando aquele menino que me fez crer que seria pra sempre, mas não, não foi. Acabou e hoje somos apenas eu e minha filha.
Não vou dizer que é fácil, que é simples, e que sempre tudo é lindo e feliz. Uma gravidez já tem seus problemas e uma gravidez na adolescência é muito pior! Quando você começa a se acostumar com a mudança no seu corpo, tudo vem e muda de novo. Não é fácil conviver com variações de humor constantes e tudo mais, mas também não é nenhum monstro de sete cabeças, que a mídia adoooora, é muito bom e gostoso sentir alguém dentro de você. Cada chutinho, cada movimento, ouvir seu coraçãozinho bater, me enche de esperanças e me dá forças pra lutar por ela, me arrependo muito das besteiras que fiz quando pensei só em mim. Mas hoje eu não sou apenas a Ana Raquel, hoje eu também sou Luna EduardaSou Luna Eduarda completamente, e essa foi a melhor mudança que já aconteceu em minha vida.

                                                        

(...) Quando eu vi a Luna pela Primeira vez , Sempre digo que eu não pensei em nada. Apenas fiquei olhando, queria beijar, agarrar, abraçar, tocar, cheirar e ficar com ela pra sempre <3
                                          
                                                    
Se quiser saber mais da vida dessa Princesa
aqui está BLOG dela*-*

0 comentários:

Postar um comentário

 

© Template Grátis por Cantinho do Blog. Quer um Exclusivo?Clique aqui e Encomende! - 2014. Todos os direitos reservados.Imagens Crédito: Valfré